Um tempo com o seu filho... Sem culpa ou desculpa!
01 de dezembro de 2020
A dupla jornada dos pais é uma
realidade que há anos vem acontecendo em nossas famílias. Exercer uma atividade
profissional é sempre gratificante e renunciar a este aspecto da vida pode
gerar muita frustração, além de ocasionar dificuldades no orçamento familiar.
Porém, o excesso de atividades
profissionais e os problemas de mobilidade na cidade resultam, muitas vezes, no
cansaço e estresse depois de um dia cheio de atribuições e, para o cumprimento
da segunda jornada, cuidar da casa e dos filhos, os pais podem sentir-se
esgotados e, por vezes, não conseguem dedicar atenção devida à criança.
No anseio de compensar o período
que ficam longe dos filhos, alguns pais esforçam-se para passar uma quantidade
maior de tempo com a criança, mas nem sempre se atentam à qualidade desse
tempo.
Em muitos lares, a “culpa”
sentida pela ausência na relação com a criança é substituída por presentes,
excesso de proteção e permissividade. Definitivamente, não é disso que as
crianças precisam...
É de extrema importância que os
pais aprendam a ser gestores de suas emoções, desenvolvam o autoconhecimento e
segurança para que possam entender as frustrações de seus filhos e, desta
forma, estabelecer uma relação permeada de diálogo e bons exemplos, resultado
para uma relação familiar saudável com crianças seguras, emocionalmente
independentes e autônomas.
O grande segredo para resolver
esta situação parece bastante simples: Aproveite o tempo junto com o seu filho!
Isso significa que o que você
deve fazer é simplesmente dedicar-se para ele todos os dias, seja fazendo-o
participar da rotina da casa (organizando a mesa para o jantar, auxiliando nas
tarefas domésticas) ou dando-lhe atenção (contando uma história, assistindo um
filme abraçadinho, montando um quebra-cabeça).
A dica é esquecer o celular e
livrar-se das tecnologias, brincar com brinquedos que “não brinquem sozinhos”,
conversar sobre o que aconteceu no dia de vocês... As crianças aprendem por
modelos e logo entenderão que o mais importante não é ter “coisas”, mas estar
cercado de pessoas a quem se ama.
Lembre-se ainda que a criança lê
a falha dos pais em colocar limites como falta de afeto, pois se é permitido a
ela fazer tudo, entenderá que o adulto não se importa e não a ama.
Não poupe adjetivos e valorize o
seu filho nas pequenas conquistas do dia a dia, valorize os momentos de
verdadeira conexão com ele, pois na maioria das vezes estas ocasiões não
acontecem nas situações puramente de lazer.
Permita que a criança seja
independente, se esforce e falhe, mesmo que no curto período diário que
permanece ao seu lado, porque assim ela terá a chance de conquistar a vida ao
seu lado.
Culpa?! Desculpa, vamos viver o
que há para viver....